MERCURIALIDADES E DEFRAUDAÇÕES.
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Que lamentável me parece ser, que as nossas "meninas", aparentemente, não se sintam devidamente motivadas, não se queiram esforçar, nem concentrar tanto, nas recepções ao Vitória de Guimarães, nas deslocações a Vila do Conde, como tem por hábito empreender-se quando jogam contra a Roma, Rosengard e Glasgow.
O problema capital desta equipa, é um de inconstância. Ontem, jogaram bem, ou talvez, mais especificamente... jogaram melhor, por coincidência, a partir do momento em que Brenda Pérez saiu da equipa.
Agradou-me, uma vez mais, ver duas das "bombas", Telma Raquel e Beatriz Fonseca mostrar os seus ares, bem como, Carla Armengol, ainda que, no domínio do meu entender, a espanhola não tenha demonstrado ainda merecer figurar regularmente entre as 11 titulares.
Dani Arques jogou menos que o habitual, mas merece tolerância, pois tem nos dado tanto, em tantas e tão elogiáveis ocasiões.
Não escutei minimamente o que terá dito o "relações-públicas" Sr. Sequeira, mas estou em crer, que terá expelido os clichés habituais. Sinceramente, desde os tempos de Liedson que não tenho paciência para ouvir "temos que levantar a cabeça", "equipa precisa de carinho", "temos muito campeonato pela frente", etc.
Não me parece que Cherry M. renda tanto quanto Eaton-Collins, nem isso me surpreende. Curioso por ver onde jogará quando Ashley B. estiver indisponível, ainda que, tema que um "relações públicas" que meta Brenda a jogar mais recuada, ainda pondere meter Cancelinha no eixo da defesa.
Capeta jogou mais (qualitativamente), ou mostrou mais (requinte) do que esperaria dela. Ainda bem.
Cancelinha poderá estar a perder a sua preensão na titularidade, algo que nesta fase encaro como perfeitamente aceitável.
O que nos diz este resultado e esforço no que concerne a jogos vindouros? Pouco, pois a equipa mostrou-se, e agora, poderá (quase sempre assim tem sucedido...) haver uma "refractária" tendência para relaxar (uma vez mais...).
Não acredito que não ganhemos à Académica, mas não creio, de forma alguma, que a equipa tenha fundamentalmente mudado a sua abordagem competitiva. Com jogos para breve, vs Benfica, Torreense, Rio Ave, Racing e Valadares, suspeito que irão defraudar as expectativas dos mais ingénuos, mais volúveis ou dos menos atentos.
O Benfica, tal como eu já o havia caracterizado em múltiplas ocasiões, é uma equipa em nítido desinvestimento e (prolongada) mudança de ciclo, há quase 30 meses, e até o "Tio Tavares" já concorda comigo.
Gradualmente, a sua perda de potência (a do Benfica, a do "Tio" desconheço) começa a tornar-se indisfarçável. Sendo especialmente percebível a ausência de uma central, uma média e uma ala que ofereçam mais qualidade, pois, especulo, que em condições de maior pujança económica, Cameirão não seria tão-frequentemente titular, Ucheibe não jogaria a central, e Engesvik (boa moça) teria muito possivelmente... menos oportunidades.
Ainda assim, é preciso não perder de mente, que o Paris FC é uma equipa que está "colada" ao PSG, o mesmo PSG onde a "garanhona" Ana Vitória mal calçou.
Faz-me, alguma confusão, a quantidade de vezes, que Ivan André prescinde de Nicole Raysla (outra boa moça), pois entre ela, a "Sevilhana" e 'Fast Lucy', parece haver mais androtestosterona do que em todo o plantel da Damaiense de Almancil. No interesse de total transparência, acredito que a "nubente" de Telma Raquel também esteja bem-guarnecida no que concerne a nanogramas.
Li algures, que no jogo no estádio da luz vs Twente, só estiveram 2000 espectadores. Uma lástima e um revelador microcosmo do que eu afirmo desde agosto de 2023, que o Futebol Feminino tem vindo a regredir, em todas as suas métricas.
A. C. F.
20 / 11 / 2025

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